domingo, 16 de maio de 2010

FUNDO PARA O PAGAMENTO DA PEC 300!

Na próxima semana, provavelmente a Câmara dos Deputados deve votar o aumento para a justiça federal, que deve onerar algo em torno de R$6 bi anualmente. Enquanto isso, o PT, PMDB, PSDB, PDT e PP, obstruem a continuação da votação da PEC 300, não dando acordo de liderança, sob o argumento que não tem dinheiro para pagar. A PEC 300 deverá onerar no máximo em R$ 11 bi anuais, ocorre que, os juizes já ganham ótimos salários, enquanto os policiais salários de fome. A taxação das bebidas alcoólicas para o fundo de segurança pública, visando o pagamento da PEC 300, me cheira a duas coisas. A primeira é de que querem mudar o foco do debate, enquanto isso a PEC 300 fica de lado, as eleições veêm e depois já era. A segunda, me lembra a CPMF, quanto dinheiro arrecadado e a saúde continua na UTI, pois utilizaram o dinheiro para tudo, menos para o fim proposto. Precisamos ficar de olho, pois senão, a taxa vem, a PEC 300 vai, e o salário dos policiais continua de fome.

SEGURANÇA DIVIDIDA!

Enquanto a população gaúcha clama por segurança a Brigada Militar sofre mais um golpe que parte dos que deveriam protegê-la. Com a atual atitude de seus pseudo intelectuais, que discriminam os servidores de nível médio, proibindo soldados, sargentos e tenentes, com formação intelectual para lecionarem em qualquer curso dentro da Corporação, de lecionarem no CQP permitindo a docência apenas para servidores de nível superior. Todavia, a indignação vai além, vez que até poucos dias atrás os servidores de nível médio podiam lecionar nesses cursos, mas sabem porque? Pois não havia qualquer remuneração. Agora que modificaram o nome dos cursos e passaram a remunerar os docentes, proibiram aqueles que sempre, de forma altruísta, se dedicaram ao aperfeiçoamento dos policiais militares gaúcho. Essa divisão, acaba por afetar a segurança pública de toda a população, vez que desestimula os servidores, pela discriminação sofrida. Um verdadeiro absurdo. Assim fica complicado falarmos em segurança de qualidade.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

PSOL visita Associação de Sargentos, Subtenentes e Tenentes da BM

Alex Caiel (segundo à esq.) é pré-candidato a deputado federal pelo PSOL (Letícia Heinzelmann)
A deputada federal Luciana Genro, o presidente estadual do PSOL, Roberto Robaina, e o vereador de Porto Alegre e pré-candidato ao governo gaúcho Pedro Ruas estiveram nesta segunda-feira, 3, conhecendo a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar. Eles foram recebidos pelo presidente da entidade, Aparício Costa Santellano, pelo vice-presidente Olivo dos Santos Moura e pelo diretor jurídico, Alex Sandro Caiel da Silva, pré-candidato à Câmara dos Deputados pelo PSOL. Santellano elogiou a coerência de Luciana na defesa de seus ideais, independentemente de partido, e declarou o apoio da categoria à candidatura de Caiel.

Ruas apresentou sua diretriz para a política de segurança em seu programa de governo: “Tive a oportunidade de conhecer Darcy Ribeiro – embora o tempo com ele nunca seja o suficiente – e ele tinha um ótimo conceito de segurança pública: emprego, moradia e educação. Com esses itens fundamentais, uma sociedade já melhora muito seus níveis de segurança. Depois, é valorizar os agentes de segurança, área em que entra a minha experiência como advogado trabalhista.” O vereador chamou a categoria a trazer suas reivindicações e entendimentos para construir um programa conjunto, e sugeriu que essa pauta seja entregue a todos os candidatos e cobradas suas posições e providências.

“Valorizar os servidores públicos, de uma forma geral, é nossa meta, construindo um programa a partir das necessidades e conhecimentos específicos de cada área. Especialmente na saúde e na segurança, que são as preocupações prioritárias dos gaúchos. E com razão, ontem ficamos sabendo que Porto Alegre lidera o número de furtos de veículos entre as capitais. Isso é inacreditável e inadmissível.” Ruas frizou a importância do programa de governo: “A maioria dos partidos não debate propostas, só alianças. O PSOL tem projetos, e isso faz a diferença.”

Alex Caiel lembrou que a segurança não tem sido tratada com o devido respeito nos últimos governo e que isso se reflete no dado de furtos citado por Ruas, na falta de acordo dos líderes em Brasília para a votação da PEC 300 (que estabelece a remuneração dos policiais militares e bombeiros do Distrito Federal como piso para a remuneração dessas corporações nos demais estados) e no mais alarmante: “O Rio Grande do Sul, que é o quarto maior PIB brasileiro, tem a pior remuneração para os militares.” Caiel também citou sua preocupação com a drogadição e mostrou dados de como programas específicos de combate às drogas, nas escolas, são capazes de reduzir a criminalidade e sensação de insegurança.

O encontro encerrou com um almoço na ampla sede da Associação.